displasia congénita de anca

O Eduardo foi um bebé bem teimoso, esteve desde as 22 semanas sentado, do tipo daqui não saiu daqui ninguém me tira. Fiz o pino várias vezes para ver se ele dava a volta, mas o miúdo foi teimoso. Não fiz o pino, mas fiz alguns exercícios que aprendi nas aulas de preparação para o parto, um deles tem o nome de gata assanhada (o tema é sério :) )Nas consultas com o obstetra ele falou-me que o fato de o bebé estar tanto tempo sentado e a possível cesariana teria que ter especial atenção para a displasia congénita de anca ou luxação congénita de anca, trata-se de uma alteração no desenvolvimento das estruturas ósseas da anca do bebé, que faz com que a cavidade e a cabeça do fémur (osso da perna) não tenham uma correspondência adequada, ou seja, não “encaixam” corretamente, aqui.

Li e reti algumas coisas sobre o assunto, a incidência em bebés pélvicos realmente era superior a não bebés pélvicos, que a cesariana também não ajudava no assunto, que um diagnóstico precoce evitava várias complicações e possíveis operações, que em caso "suaves" o tratamento passava pela posição das pernas mais abertas com o uso dos marsúpios, duplas fraldas...Verdade que não quis pensar muito no assunto durante a gravidez. Mas na primeira consulta de pediatria, ainda no hospital foi uma das minhas primeiras perguntas. A pediatra fez a observação, colocou o Eduardo em certas posições, mexeu para um lado e para outro e a "olho nu" o bebé estava perfeito. No entanto pediu uma consulta na ortopedia do pediátrico de Coimbra para realizar uma ecografia e confirmar diagnóstico. 

Já na pediatra do Eduardo, o diagnóstico foi o mesmo, não nos parece ter nada, mas vamos esperar pela consulta no pediátrico. Pois bem que esperei, esperei, aos três meses (Agosto) liguei e informaram que a consulta estava marcada para 25 Janeiro (por isso me lembrei deste assunto). 25 Janeiro?? Pedi desculpa, deve haver um engano porque o Eduardo a 25 Janeiro tem praticamente 8 meses, e de tudo o que tinha lido recordava-me bem que o diagnóstico deveria ser até aos três meses, para evitar complicações e operações. Passaram-me à ortopedia, confirmaram a data, referi os 8 meses, pedi para ser antes, desculpe mas não há consultas antes, voltei a dizer que o Eduardo iria ter 8 meses e que poderia haver complicações.....Resposta, olhe ainda hoje tivemos um menino com 9 meses e por acaso não tinha nada! Fiquei pasmada, POR ACASO..... e se tivesse? já era tarde para corrigir? Ah então operamos?! Ah fica mais barato operar? E menos doloroso para o bebé? Para os pais? Sério, fiquei com vontade de entrar pelo telefone.

Na consulta dos quatro meses, decidimos avançar com a consulta e exame no privado, como temos seguro de saúde nem ficou assim tão caro. Mas caraças, e quem não tem possibilidade de ter seguro, de ir ao privado?! A estes resta-lhes que o acaso seja feliz! É triste :(

Agora podia desabafar sobre o estado da saúde neste pais, mas vocês já sabem!

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Pés mais fofitos! 
Foto Cátia Mendes