Basta!

17.10.17
Não quero escrever muito...mas sinto que preciso de escrever, preciso de partilhar porque em muitas outras vezes ouviram-me e ajudaram-me. Porque não tenho vergonha de assumir quando não estou a ser capaz, não tenho vergonha de pedir ajuda. E acreditem que antes de chegar aqui já pensei e falei muito. 

O Eduardo, o Eduardo! Já sabem do que falo, não vou contar as mil razões que me levam à loucura. Estou cansada de ouvir dizer que é normal, que é o comportamento normal de um criança de dois anos, que é tudo normal. Estou farta de ouvir que a culpa é minha, que eu é que estou mal, que quando eu estiver bem ele mudará! Parem com isso, eu acordo bem, feliz, positiva, acordo com vontade de vencer no mundo! Acordo a agradecer a luz. Respiro fundo nas situações de tensão, fecho os olhos, canto baixinho para mim. Falo baixo, falo com calma. Abraço-o contra o meu peito, com todo o amor, peço-lhe calma...

Mas nada resulta...é de uma coisa, de um espirito de contradição, de uma malvadez, sim chega a ser mau para mim, para o pai, para o mano. Bate, morde, atira tudo para o ar...

Basta! Precisamos de ajuda para lidar com isto, comigo, com o Eduardo, connosco. Isto que está a perturbar toda a família.

Tenho tentado marcar algumas sessões de ioga para o Eduardo, parentalidade consciente, consultoria familiar, mindfulness...mas às vezes parece que remamos em sentido contrário, é difícil acontecer. 

O que fariam? Quem conhecem que pode ajudar?

Obrigada  

2 comentários:

  1. Olá! Espero que já tenha conseguido relaxar um bocadinho. O meu filho mais novo ia-me pondo maluquinha, era impressionante, não parava e passava o tempo a fazer asneiras. Cheguei a pensar que eu estava a fazer alguma coisa muito mal. Andei em psicóloga, consultas de desenvolvimento... efetivamente ele tinha dificuldade em manter a atenção. Foi difícil e extenuante mas não desisti e foi chegando às metas, às vezes pequenas coisas que eu repetia vezes sem fim. À medida que vão crescendo a maturidade ajuda. É necessário ser firme nas regras, impor limites, dar carinho e se a intuição de mãe diz para procurar ajuda... então procure. Mas há que ter esperança porque o tempo também ajuda.
    Um beijinho!

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  2. Olá Ana! Não, não consegui relaxar, porque todos os dias, todos há uma situação de descontrolo. Eu sei o quanto é importante as regras, sei tudo o que partilham comigo, mas não estou a ser capaz na hora. Sim, vamos pedir ajuda....e mantenho a esperança de ter um dia sem me sentir mal. Obrigada, beijinhos!

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