Tantas vezes paro para pensar como é possível passar tanto tempo sem ir a Tomar, cidade e pessoas que me receberam durante cinco anos. Cidade onde passei dos melhores momentos da juventude, onde partilhei tanto, dei tanto e recebi ainda mais. Fica tão perto de Leiria, e agora ainda mais com melhores acessos. Cidade que mesmo sem razão de saudades, vale mil vezes lá ir. Ontem foi o dia, acordamos com demasiadas birras, e pensei vamos sair de casa já, porque lá fora as coisas ficam menos más.
Fui numa de nostalgia, passei pelas casas onde vivi, fomos à escola que me queimou as pestanas, que me tirou horas de sono, a mesma onde ri tanto, partilhei tanto, onde fiz algumas besteiras (próprias da idade e da condição estudante). A escola que me deixou marca e onde deixei marcas.
Passeamos pela cidade, que tem tanta luz natural e uma música do rio Nabão. As ruas apertadas e frias, que nas noites de estudantes eram tão quentes. Os jardins onde conversávamos, hoje os jardins por onde eles correram. Ficamos imenso tempo a ver os peixes no rio, tanto que o Gui quer voltar com uma cana de pesca. A roda do Nabão no parque do Mochão, que os deixou de boca aberta durante minutos, é verdade nunca tinha olhado para ela e deixado que me acalmasse com aquele movimento.
Aquela vista da ponte para a Corredora e para o Convento de Cristo. Ponte que passamos a correr com a euforia da juventude, a mesma com que o Gui corria para ver os patos e os peixes (outros motivos). A Corredora com o seu tipico e mais antigo café na mesma geração, o Café Paraíso "de dia o paraíso, de tarde o purgatório e de noite o inferno". Só quem por lá vive percebe a mistica deste sítio. As esplanadas que ganham vida nos dias de sol e nas noites de calor. Numa das transversais, o Sr. Fernando continua por lá, dá-me um frio na barriga só de pensar nos momentos lá vividos.
Ao fundo da Corredora, na Praça da República encontro dois tuc-tucs. Uma viagem pela cidade bem diferente e divertida, não fosse o condutor, guia turístico, responsável pela Tuk Lovers a pessoas mais personagem naqueles tempos de estudante. Um querido com os miúdos, bem disposto, brincalhão e explicou tudo direitinho ao Gui, o Edu queria era acelerar e passar pelas lombas. Visitamos o Aqueduto, a torneira da água para a cidade para o Gui. Passamos pelo Convento de Cristo, o sono já apertava para entrar (que pena). Os jardins da Mata dos Sete Montes, ficou também para uma próxima visita e a Feira de Santa Iria, para o ano.
Não deu para visitar nem metade, mas ficou prometido voltarmos em breve, Tomar é já aqui ao lado...
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