Passou mais uma semana, mais uma sexta feira e pelo menos 16h deste dia. E estou eu aqui no mesmo sitio, com a mesma vida e com todas as minhas mil ideias na cabeça. E estou pelo menos à 20m a pensar se escrevo este post ou pelo menos como. Porque não quero parecer ingrata pela vida que tenho, passar uma ideia errada por não ir conseguir escrever o que sinto. Mas aqui vai.
É inevitável não olharmos para a vida dos outros, gente comum, menos comum, gente nada comum. Faz parte da nossa essência humana olhar para os outros. Vejo gente muito bem sucedida, quer dizer vejo o que me deixam ver porque acredito que não sei nem metade da verdade, mas pronto vou basear-me no que vejo....Vejo gente que deixou empregos e lutou, dizem muito, para serem empresárias. Deixaram um trabalho das 9h às 18h para serem empresárias, mães a tempo, companheiras, sócias e sei lá mais o quê. Diz que arriscaram o certo pelo incerto, um ordenado pela possibilidade de vir a receber algum. Vejo gente que canta aos sete ventos como é difícil ser empresária, mas que compensa tudo. Vão para a cama de coração cheio por terem arriscado, por passarem mais tempo com os filhos. Por estarem a fazer o que gostam, não apenas a trabalhar. Vejo isto tudo e penso, mas que merda! Mas só eu é que não consigo? Só eu é que não tenho a coragem? Só eu é que tenho as ideias fechadas numa gaveta desta cabeça? Passo horas a pensar nelas, como fazer, um dia quero isto, outro dia penso que aquilo é que me faria feliz. Adorava um trabalho mais humano, mais criativo, mais aquilo que vejo. E sim já passei algumas das ideias da cabeça para o papel, mas ali também ficaram. Tenho as minhas desculpa, as que arranjo para achar que não é culpa minha. Desculpa do dinheiro, desculpa de ter duas bocas para alimentar, desculpa de ter um empréstimo à habitação e outras quantas despesas fixas. A desculpa que não tenho quem me ajude, que me dê apoio, alguém que me empurre. Fico agarrada a estes pensamentos, dias frustrados, eu frustrada, eu de mau humor quando acabo de pensar nisto. Depois balanço com o meu trabalho, que gosto que me dá o dinheiro para pôr literalmente a comida na mesa, que nos dá um tecto. O meu trabalho das 9h às 18h. Mas quero mais, e este blog é um bocadinho desse mais, mas depois quero mais, e depois vejo que não consigo mais. É medo? É a realidade? Penso, Ana sê feliz com o que tens, porque sim tenho muito, tenho tudo. Mas queremos ser mais, queremos deixar uma marca na vida, no mundo, na nossa comunidade, na nossa família. Bem sei que a maior herança que posso deixar aos meus filhos é a educação que lhe dou, mas gostava de lhe deixar mais, porque ser um mãe capaz de correr pelo sonhos, é educação! E hoje sinto-me parada, muito parada. Não é isso que lhes quero ensinar. Bom mas já me perdi....falava do que via, sem bem que não é a maioria, mas muitas vezes tenho a sensação que esta mães empreendedoras, as que dizem que arriscam, parece-me a mim que se caírem têm uma boa cama. Não as culpo por isso, quem me dera a mim, e não não é inveja (um bocadinho). É só farta de gente que faz parecer muito fácil, mas dizem ser muito arriscado, mas na verdade é só mais um dia para elas, porque no final os filhos têm comida, casa e roupa lavada. Também têm valor, porque podiam nem se quer ter o trabalho de pensar e fazer. Mas posso estar muito enganada e ser só mais um desculpa para a minha falta de coragem. Mas por favor não atirem areia para os olhos das pessoas, pronto para os meus.
Hoje a Ana, a medricas, com conversa de mal amada e frustrada!!
Ps. Procura-se sócia para partilhar sonhos eheheh dou preferência a ricas ehehhe
Pss. Beijinhos minhas queridas mães trabalhadoras das 9h às 18h
Psss E beijinhos às outras queridas mães que arriscam verdadeiramente todo os dias
E já agora um beijinho às mães que não têm trabalho...
ResponderEliminarClaro, claro que sim. Beijinhos a todas as mães!
EliminarTema tão franco e com tanta abertura a diálogo... cada passo nosso, de nós, mães, cujo ordenado depende um orçamento xyz, tem uma ponderação grave, quase assombrosa.
ResponderEliminarNão sou rica... dinheiro não te trago, não te valho em modo costas largas, modo esse, representativo de quem toma por fácil e belo, aliás, talvez até banal, a sinceridade de uma mudança de vida.
O grande mestre das palavras avançou que o homem sonha e a obra nasce... faz-te à vida! Arranja mais armas e luta! Acredita que o sabor das tuas conquistas poucos saberão apreciar e perceber!
Estou contigo, sem dinheiro, mas com uma força muito parecida...
Abracinho e beijinhos :*
Olá :) Enviamos um convite para o teu email.
ResponderEliminarContamos contigo? :)