Testemunho #1
"Serviço público, para todas vocês que são mães e possam desconhecer esta realidade, tal como nós desconhecíamos! Desculpem o testamento, é só para contextualizar.
A L ficou febril no domingo, nada de especial, na segunda ainda foi para o infantário de manhã e fui buscá-la a meio da manhã porque estava com 39,3 de febre. Fomos a hospital, fez a análise à urina para despistar a infeção urinária, tem a ver com uma questão de rins de nascença que tem de ser vigiada quando há febre, também nada de especial! Está constipada mas fez Raio X e tudo para despistar Pneumonia, tudo bem também. Veio medicada e fomos para casa. Dormiu bastante durante o dia porque estava com febre. À noite estava cheia de pilhas, chegou uma hora em que fomos para o quarto para ver se a adormecia e ela tranquilizava. Dei-lhe um bocadinho de chá e ela pôs-se aos berros quando acabou e prendeu o choro! Conclusão, ficou a chorar sem som, eu gritei pelo pai, ele veio e ela ficou-se ali nos nosso braços. Na altura não imaginávamos o que estava a acontecer e só vimos o pior!
Foi ligar 112, quase sem conseguir digitar os números e, no meio destes segundos intermináveis, ela volta a si e lá fomos na ambulância para o hospital. Pelos vistos, ela teve uma coisa que se chama “espasmo do choro” (nunca tinha ouvido falar) e pode ser recorrente. É uma espécie de birra de forma diferente, eles choram, prendem o choro, desmaiam e voltam a si, ou para chamar a atenção, ou porque se assustam, ou porque querem manipular os pais por causa de alguma coisa! Já viram isto! Foi maior susto das nossas vidas, ela está normal e bem mas na altura só nos passaram coisas más pela cabeça.
SOLUÇÃO: manter a calma (MUITO DIFÍCIL), massajar os pés e as mãos do bebé, soprar para a cara, passar água fria ou até mesmo bater palmas.
Solução dada pela pediatra... deitar a bebé na cama, ir à cozinha buscar um pano molhado em água quente porque o tempo que se demora a ir à cozinha, quando regressamos já ela acordou como se nada se tivesse passado!
Não há coração que aguente! Espero que não passem pelo mesmo.
P.S. - Esta situação nada tem a ver com o facto de estar doente, foi apenas uma coincidência."
Eu própria passei algumas destas crises com o Guilherme, por volta dos três, quatro meses depois do banho tinha estas "paragens respiratórias", chegava a desmaiar e vinha logo a ele, eram segundos que se transformavam em horas, eram segundos em que o coração ficava angustiado, sabia que passava, mas não conseguia deixar de sofrer até as coisas passarem e acalmarem, medo!! Deixou de ter aos sete, oito meses.
Parabéns pelo blog Ana. E espero que este testemunho possa ajudar ou alertar alguém para algo que normalmente não ouvimos falar aquando da gravidez.
ResponderEliminarPelo que percebi ao ler informação publicada na net, só uma percentagem muito pequena de crianças (4% a 6% - não sei qual a amostragem ou fonte) é que passa por isto. Talvez a razão de não ser tão divulgado.
Obrigada pela partilha!!
EliminarBeijinhos
Oh linda,fizeste me o maior susto que já tive (tenho post no blog mas já antigo), o meu Avi tinha dois meses e depois de mamar e arrotar estava ao colo e ficou muito branco, mole, senti o a desfalecer, o chão fugiu me dos pés, fiquei zonza e na minha cabeça so me vinha uma frase "o meu sonho acabou", temi o pior, a minha primeira reação foi abrir a porta da rua e leva lo para ao pé da porta, ele reagiu e voltou a si, corri logo para as urgencias e desvalorizaram, falaram que o mais provável era serem espasmos do choro, mas ele não chorou apenas ficou assim do nada. Nunca mais fiquei descansada, passei um tempo sem sequer lhe conseguir dar leite porque entrava em pânico, ainda hoje entro em pânico quanddo se engasga, foge me o chão, as mãos ficam dormentes e só me lembro desse dia. Obrigada pelo post é muito útil, porque a falta de informação faz nos mães como eu, em pânico por tudo e por nada. Beijinhos
ResponderEliminarAté hoje o meu maior medo é quando eles se engasgam! Fico aflita, às vezes mesmo sem necessidade levam um palmadão nas costas :) Mas o tempo trás sabedoria e calma para estas situações. Beijinhos para ti e para o lindão do Avi :)
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