
Apresenta cada um de vocês e identifica algumas das
caracteristicas/personalidade.
Somos os 3 apaixonados pela vida, quase que me atrevia a dizer que somos almas gémeas...
Começo pelo Rodrigo que por enquanto é o nosso único filho, um querido de
sorriso fácil, com um ar de menino feliz e com a inocência à flor da pele. Tem
só 3 anos e já é um gozão, tudo é motivo para galhofa... Tem uma personalidade
muito engraçada, também é muito mimalho, calmo, inteligente, organizado, mesmo
assim sendo, eu continuo a ser exigente com ele, com a educação dele. Agora
anda numa fase um pouco mais reguila e teimoso mas sempre bem disposto.
O pai Miguel é um pai babado e um marido para a vida... Trabalhador nato e de sucesso, inteligente, ambicioso, humilde, amigo, responsável (de cabeça no ar), honesto, pacífico, optimista e brincalhão. É o pilar da minha maravilhosa família, é uma pai e marido liberal que nos enche de vida, que nos dá vida e nos deixa viver a vida... É o maridão da minha vida.
Agora a mãe Sílvia (é difícil falar de mim), vou começar pela parte menos boa, sou muito exigente, refilona e sentida... Mas depois é só coisas boas, sou muito amiga do meu amigo, simpática, brincalhona, responsável, humilde, sonhadora, determinada, posso não saber o quero, mas o que não quero, não há dúvidas!
O pai Miguel é um pai babado e um marido para a vida... Trabalhador nato e de sucesso, inteligente, ambicioso, humilde, amigo, responsável (de cabeça no ar), honesto, pacífico, optimista e brincalhão. É o pilar da minha maravilhosa família, é uma pai e marido liberal que nos enche de vida, que nos dá vida e nos deixa viver a vida... É o maridão da minha vida.
Agora a mãe Sílvia (é difícil falar de mim), vou começar pela parte menos boa, sou muito exigente, refilona e sentida... Mas depois é só coisas boas, sou muito amiga do meu amigo, simpática, brincalhona, responsável, humilde, sonhadora, determinada, posso não saber o quero, mas o que não quero, não há dúvidas!
Como é o vosso dia a dia/rotina diária.
Normalmente por volta das 8h30 é a hora de acordar do Rodrigo, vamos juntos tomar o pequeno almoço e enquanto vê o Panda vou tratar da minha beleza, o pai Miguel sai as 8h por isso a manhã não é partilhada connosco. Como neste momento o meu ritmo é mais lento (pela condição física) levo o Rodrigo às 10h ao Jardim do Fraldinhas, agora com as novas actividades da sala nova (piscina, dança, ginástica, música) o entusiasmo todos os dias é diferente. O dia costuma terminar habitualmente por volta das 17h30, mas sair de lá nem sempre é tarefa fácil, "mamã quero brincar mais um cainho", às tantas até já eu me sento no chão a brincar. Para mim a educação e evolução do Rodrigo é um ponto muito importante e claro um colinho bom, daí a nossa escolha do Jardim do Fraldinhas (como é lógico sem querer desqualificar os restantes jardins)...esta foi a nossa escolha:) Como o pai Miguel também trabalha aos sábados, passeios a 3 só mesmo ao Domingo, mas esse dia é para fazer TUDO o que ele gosta, comer doces, correr, saltar, ver os amigos (que não os da salinha), ir ao shopping que ele adora ir ver os livros, enfim lambuzar o nosso dia com tudo o que nos faz feliz.
És uma vencedora da luta contra o cancro, em
que medida é que o Rodrigo te ajudou nesta fase?
Cancro? Só acontece aos outros... Mentira! Quando me foi diagnosticado (por sinal no dia do meu aniversário) a minha primeira pergunta foi: "E agora?????", "E o meu bebé???", "E eu? Não o vou ver crescer?", "E no dia da mãe?" e os "mimos de mãe à noite que só eu sei fazer?" É verdade, o mundo desabou... Cheguei a casa olhei para ele, tão pequenino, tão frágil, tão inocente e pensei: "Sílvia... estás com uma batalha em mãos (e eu ainda mal sabia o que me esperava) e é para vencer. E assim foi, o sorriso diário dele, toda a evolução, as primeiras palavras, os beijinhos até os trabalhinhos de casa que ele trazia do Jardim do Fraldinhas foram muito importantes. Tudo, mesmo tudo foi por ele e só por ele (quem é mãe percebe), como é lógico tive pessoas MUITO importantes (elas sabem quem são), mas o Rodrigo deu-me a força e coragem para enfrentar TUDO, depois a cura foi acreditar... Eu Consigo...
Apesar dos 15 meses do Rodrigo, ele percebeu que a mãe estava doente? Como reagiu?
Como é óbvio às crianças nunca lhes passa nada ao lado, quando chegou o momento de partilhar a falta de cabelo, não foi fácil para todos, pois seria o momento crucial de que eu era efetivamente uma doente oncológica, foi como um start, o Rodrigo ao primeiro impacto rejeitou o meu colo, olhava-me com cara de medo, mas como usei prótese capilar, baralhei um pouco o R, entretanto já puxava o cabelo dele. Mas com rapidez percebeu a realidade, umas vezes a mamã era o "Ruca" outras vezes era normal... Mesmo quando numa fase mais complicada tive que usar diariamente máscara, foi super tranquilo, acho que no meio do azar, tive muita sorte de ele ser pequenino. Durante os tratamentos houve alturas em que tive ausências grandes, fiquei muito preocupada e na consulta com o pediatra, questionei e logo me tranquilizou visto que nessa idade as crianças ainda não têm a noção do tempo, no fundo as crianças são uma força da natureza, que se adaptam melhor do que os adultos e isso posso confirmar.
Cancro? Só acontece aos outros... Mentira! Quando me foi diagnosticado (por sinal no dia do meu aniversário) a minha primeira pergunta foi: "E agora?????", "E o meu bebé???", "E eu? Não o vou ver crescer?", "E no dia da mãe?" e os "mimos de mãe à noite que só eu sei fazer?" É verdade, o mundo desabou... Cheguei a casa olhei para ele, tão pequenino, tão frágil, tão inocente e pensei: "Sílvia... estás com uma batalha em mãos (e eu ainda mal sabia o que me esperava) e é para vencer. E assim foi, o sorriso diário dele, toda a evolução, as primeiras palavras, os beijinhos até os trabalhinhos de casa que ele trazia do Jardim do Fraldinhas foram muito importantes. Tudo, mesmo tudo foi por ele e só por ele (quem é mãe percebe), como é lógico tive pessoas MUITO importantes (elas sabem quem são), mas o Rodrigo deu-me a força e coragem para enfrentar TUDO, depois a cura foi acreditar... Eu Consigo...
Apesar dos 15 meses do Rodrigo, ele percebeu que a mãe estava doente? Como reagiu?
Como é óbvio às crianças nunca lhes passa nada ao lado, quando chegou o momento de partilhar a falta de cabelo, não foi fácil para todos, pois seria o momento crucial de que eu era efetivamente uma doente oncológica, foi como um start, o Rodrigo ao primeiro impacto rejeitou o meu colo, olhava-me com cara de medo, mas como usei prótese capilar, baralhei um pouco o R, entretanto já puxava o cabelo dele. Mas com rapidez percebeu a realidade, umas vezes a mamã era o "Ruca" outras vezes era normal... Mesmo quando numa fase mais complicada tive que usar diariamente máscara, foi super tranquilo, acho que no meio do azar, tive muita sorte de ele ser pequenino. Durante os tratamentos houve alturas em que tive ausências grandes, fiquei muito preocupada e na consulta com o pediatra, questionei e logo me tranquilizou visto que nessa idade as crianças ainda não têm a noção do tempo, no fundo as crianças são uma força da natureza, que se adaptam melhor do que os adultos e isso posso confirmar.
Que mensagem deixas para as mulheres/mães que receberam um diagnóstico destes.
É muito simples, vão ao médico com regularidade, não são só as pessoas que têm casos na família que podem ser doentes oncológicos, o meu caso é isolado e aconteceu... Tive muita sorte de me cruzar com o dr Victor Melo que foi o meu Anjo, devo a vida aquele SENHOR. E muito importante, depois de um diagnostico positivo, a coragem, determinação, vontade de vencer/viver é a base para o sucesso e acreditar SEMPRE....
Uma mensagem para os maridos, deixo um refrão de uma música:
"Vamos fazer assim, eu cuido de você, você cuida de mim.
Não desisto de você e nem você de mim.
Vamos até ao fim. “
(Lucas Lucco)
Quando pensas no Rodrigo, qual é o maior desejo para ele.
Sem dúvida que lhe desejo o melhor do mundo, que seja uma criança/adulto feliz, saudável, que saiba aproveitar o melhor que a vida lhe dá ou proporciona, que nunca esqueça a educação e valores que lhe são transmitidos... Mas o meu coração diz-me que isto tudo realmente faz sentido se eu e o pai estivermos ao lado dele...uma família unida, e estamos... Como diz o pai Miguel "Agora veio a bonança".

Tens momentos em que te apetece desligar o "botão mãe"? O que fazes?
O Rodrigo é uma criança que considero "fácil", mas a casa da avó costuma ser a "escapadinha", ficamos todos felizes e nós pais dedicamos um tempinho a nós... O Rodrigo, não só por isto mas por tudo, tem a melhor avó que eu poderia pedir, é minha mãe e basta.
Perdes a cabeça com...
Perco a cabeça com a falta de humildade, sensibilidade dos adultos e das birras de cair ao chão das crianças... é a realidade.
Amas quando...
Amo quando de braços dados damos um beijinho a 3.
Ser mãe é...
Já venho a dizer há muito tempo que ser mãe é, ter o coração fora do meu corpo.
Já venho a dizer há muito tempo que ser mãe é, ter o coração fora do meu corpo.
É saber que a minha vida é tão mas tão importante para ele que jamais desistia dela.
É descobrir que este amor puro e genuíno, todos os dias nos ensina coisas novas.
É olhar para ele e no silêncio do olhar perceber o que quer e o que sente.
É fingir que não temos medo de virar o mundo.
Ser mãe é ser mais feliz do que jamais um dia sonhei ser!
Obrigada Sílvia pelas palavras de força, coragem, vida!
Fotos by After Click
Maravilhoso! parabéns minha querida pela grande mulher que és e pela familia linda!
ResponderEliminarBeijo grande
Sandra, Telmo e Raúl
Amiga choro sempre leio a tua historia ...bjs grandes
ResponderEliminar♥ sem palavras.
ResponderEliminarFamília maravilha e exemplar.
Felicidades!
Obrigada pelos vossos comentários, tenho certeza que a Sílvia está de coração cheio <3
ResponderEliminarTu também estás de parabéns Ana, por permitires que haja esta partilha de vivências. Bom trabalho! Beijinho.
EliminarEsta entrevista é um exemplo! São palavras que nos fazem refletir e a mim fizeram-me arrepiar. Muitos parabéns!
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