Sábado solarengo, convida a sair bem cedinho de casa, isso ou ficar nas limpezas. Primeira opção sem dúvida, casas há muitas e a minha pelo menos não sai do sitio, pode bem esperar por outro dia para ser limpa. Paragem rápida para apanhar a prima, a filha mais nova da família. Excitação total, vamos ao Parque do Avião, tem mesmo avião pergunta ele, como se nunca tivesse lá ido. Tem sim, filho.
Peço uma foto, ela faz pose, ele sorriso malandro. Sempre de mão dada, acho que ele tinha medo de a perder, sempre muito protector. Ela aventureira e muito dona do seu nariz. Brincaram juntos, xateram-se, brincaram sozinhos, ela no comboio e ele na macaca. Ficou sempre atento a ver onde ela andava. Comeram um bolo e inventaram um prato, ela não quer, ele com o seu jeitinho comeu em cima do prato. Ele queria empurrá-la no baloiço, ela diz que não, ele andou até tocar com os pés no céu. Ela sempre a correr, a saltar, a subir a descer, miuda destemida. O Pai little fez uma surpresa, ele gritou pai pai, ela ficou desconfiada, não o conheceu. Correram pelo parque, deitaram folhas ao rio e apanharam umas quantas para levar para casa, estão dentro de um saco à espera de destino.
Ela tão diferente dele, Ele tão diferente dela, cada um com o seu jeito, Ela destemida e aventureira, Ele protector e cuidadoso, são os dois meus amores.
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