Catarina, 32 anos, Scalabitana de
gema com muito orgulho. Vive em Leiria à 10 anos, casada com o José e mãe leoa de uma menina doce e de uma bebé dorminhoca.
Sobre vocês
Vivo em Leiria há 10 anos. É difícil caracterizar-me! Sou impulsiva (com a idade estou um bocadinho menos), coração-mole, sensível, teimosa, mãe-galinha, mãe-leoa.
Vivo em Leiria há 10 anos. É difícil caracterizar-me! Sou impulsiva (com a idade estou um bocadinho menos), coração-mole, sensível, teimosa, mãe-galinha, mãe-leoa.
José, 38 anos, marido e Super-Pai.
Dedicado, carinhoso, lutador, profissional, adora desporto, mar e praia. Excelente
com crianças, excelente com adultos :) sonhador, persistente, bom, lindo. Um dos malucos dos discos voadores.
B* tem 9 anos, primeira cria, 4º ano.
Sensível, doce, teimosa, resmungona, mimada, adora cantar e dançar, adora ter a
família toda reunida. O meu despertar. Muito especial..
M* tem 21 meses. Meiga, comilona,
muito faladora, brincalhona, expressiva, dorminhoca, chucha no dedo. Mais
conhecida como “piolhinho atómico”. A minha calma. Igualmente Muito especial :)
Como é o
V/ dia a dia/rotina diária?
O nosso dia-a-dia é
como o de tantas famílias que saem de casa de manhã cedo, e só se vêem à noite.
Eu e marido acordamos de manhã e dividimo-nos em duas equipas :)
Tratamos de nós, e de seguida, cada um trata de uma cria.
“Levanta-te!”, “Vai lavar os dentes!”, “Já te calçaste?” “Despacha-te!”, são as frases mais ouvidas numa manhã em nossa casa. Tomar o pequeno-almoço, a correr, e pensar todos os dias: “Adorava conseguir acordar mais cedo para conseguirmos sentarmo-nos todos e tomar o pequeno-almoço nas calmas… como nos filmes” – O que só conseguimos nas férias.
Saímos de casa, e mais uma vez dividimo-nos. Um beijo, e um até logo. Cada um leva uma das princesas ao seu destino. A B* para a escola, a baby para casa da avó “Bé” e do avô “Nhando”, como ela própria os trata.
Perto das 19h saio do trabalho, e vou a maior parte do caminho a pensar nelas, no jantar, na falta de tempo… Por volta das 19h vou buscar as minhas meninas. Feliz!
Tratamos de nós, e de seguida, cada um trata de uma cria.
“Levanta-te!”, “Vai lavar os dentes!”, “Já te calçaste?” “Despacha-te!”, são as frases mais ouvidas numa manhã em nossa casa. Tomar o pequeno-almoço, a correr, e pensar todos os dias: “Adorava conseguir acordar mais cedo para conseguirmos sentarmo-nos todos e tomar o pequeno-almoço nas calmas… como nos filmes” – O que só conseguimos nas férias.
Saímos de casa, e mais uma vez dividimo-nos. Um beijo, e um até logo. Cada um leva uma das princesas ao seu destino. A B* para a escola, a baby para casa da avó “Bé” e do avô “Nhando”, como ela própria os trata.
Perto das 19h saio do trabalho, e vou a maior parte do caminho a pensar nelas, no jantar, na falta de tempo… Por volta das 19h vou buscar as minhas meninas. Feliz!
Chego a casa. Dar o banho
à M*, preparar o da B*, o jantar, entre ambos arranjar tempo para brincar com a
mais nova, dar atenção à mais velha, que tanto precisa. Ufa!
Ups! Tenho de jantar
também! O meu companheiro de luta chega, e tudo fica mais fácil, mais leve. Por
vezes o marido ajuda, e muito bem, no jantar, e em tudo.
Entretanto, já são horas de as
deitar.
E finalmente sento-me
(na horizontal) no sofá. O marido entretanto já está no computador na sua
labuta nocturna. E tenta-se arranjar tempo para o Nós.
Acabo o dia sempre com
o sentimento de que deveria ter brincado mais, deveria ter dado mais atenção… devia…
devia… Enfim, não é fácil!
Resumindo, como tantas mães que trabalham, passo 3 horas por dia com as minhas filhas. Se é suficiente? Claro que não! Não há outra forma. Mas é inevitável este sentimento…
Resumindo, como tantas mães que trabalham, passo 3 horas por dia com as minhas filhas. Se é suficiente? Claro que não! Não há outra forma. Mas é inevitável este sentimento…
A B* já
assume o papel de irmã mais velha? Consideras uma vantagem a diferença de idade
entre elas?
A B* é a irmã mais velha,
com 8 anos de diferença entre elas. É uma irmã dedicada q.b., adora a mana e, por
vezes, brinca imenso com ela. Tem os seus momentos!
Na minha opinião, 8 anos é demasiado, e não é positivo no que diz respeito ao brincarem juntas, por exemplo. Tendo agora 9 anos e a irmã 21 meses, as brincadeiras de cada uma são diferentes, e por vezes ela não tem paciência para andar a rebolar no chão, e a fazer de gato! Eu esforço-me por compreender e aceitar isso, apesar de não ser fácil às vezes, no auge do stress de final de dia. A M* é completamente louca pela mana. Corre pela casa a gritar o nome dela, e só quer brincar com ela.
Na minha opinião, 8 anos é demasiado, e não é positivo no que diz respeito ao brincarem juntas, por exemplo. Tendo agora 9 anos e a irmã 21 meses, as brincadeiras de cada uma são diferentes, e por vezes ela não tem paciência para andar a rebolar no chão, e a fazer de gato! Eu esforço-me por compreender e aceitar isso, apesar de não ser fácil às vezes, no auge do stress de final de dia. A M* é completamente louca pela mana. Corre pela casa a gritar o nome dela, e só quer brincar com ela.
A diferença de idades
torna-se positiva no que diz respeito à ajuda que a mais velha dá, quando é
solicitada claro, e também por já não ser tão dependente como a irmã ainda é. De
vez em quando, temos de explicar porque é que parece que damos mais atenção à
irmã do que a ela. Têm de se gerir muitos sentimentos e emoções, o que não é
fácil. Com amor tudo se resolve :)
Como é
conciliar o trabalho com a maternidade?
É difícil não
dedicarmos o tempo que gostaríamos aos nossos filhos. Mas com o passar do tempo
lida-se melhor com as emoções e tentamos, gradualmente, harmonizar a loucura do
dia-a-dia.
Principalmente com uma
bebé, e uma criança de 9 anos que está no último ano do ensino básico, que vai
ter exames nacionais em Maio (com os quais discordo profundamente) há muita
coisa para gerir, muito para fazer, muitas emoções à flor da pele, e temos de
manter a calma (o que nem sempre para mim é tarefa fácil) e agradecer todos os
dias as coisas boas que a vida nos dá. Hoje em dia há muitas famílias no nosso
país a passar momentos difíceis, penso muitas vezes nisso.
Qual o
melhor programa em família? Achas que Leiria tem programas/ actividades e
locais interessantes para as famílias?
Leiria tem uma
localização geográfica excelente, pois rapidamente estás na praia, serra,
campo. No nosso caso, quando o tempo o permite, adoramos ir à praia.
No inverno, vamos ver o
mar :)
Quando há algo
espectáculos interessantes, tentamos assistir. Mas realmente penso que Leiria
tem programas para os mais pequenos muito apelativos, mais do que a maioria das
cidades. No entanto, gostaria de fazer mais actividades com elas do que as que
faço.
Tens
momentos em que te apetece desligar o “botão mãe”? O que fazes?
Eu acho que o botão mãe
nunca desliga! Impossível! Acho sim que existem momentos em que temos de nos
dedicar a nós próprias, e arranjar tempo também enquanto casal. Tratar de nós,
fazer algo que gostemos. Em casa, cozinhar ao fim-de-semana iguarias que
durante a semana não tenho paciência, dá-me muito prazer.
Fora de casa, e com o
incentivo do meu marido e apoio logístico da minha mãe, aderi há muitos meses à
febre das quartas-feiras à noite, Brisas do Lis Night Run, onde corremos cerca
de 7/8 km. Tem feito maravilhas por mim. Durante mais de uma hora estou a fazer
algo por mim, o que se vai reflectir na minha família também, pois fico mais
calma, mais relaxada, a sentir-me bem. Toda a vida fiz desporto, mas nunca
gostei de correr, e apesar de ser apenas uma vez por semana, sinto que é
crucial para o meu bem-estar físico e emocional.
A todas as mulheres que
se sentem culpadas, por dedicarem um pouco de tempo a elas próprias:
Experimentem! Sei que não é fácil, mas pensem que se tornarão pessoas melhores.
Os vossos filhos e maridos também agradecerão. E vocês merecem.
Recentemente criaste a página STOP Bulling – Respeito nas
Escolas, qual o objectivo?
O objectivo é espalhar
a palavra, abrir os olhos de toda a comunidade escolar, e não escolar. É fazer as
pessoas entenderem que no nosso tempo o bullying
existia, sim. A diferença é que, se despissem um aluno na escola, claro que
seria extremamente humilhante, doloroso e frustrante para o mesmo. Agora
imaginem, hoje em dia quando se faz isso, no momento seguinte, está um vídeo no
youtube e facebook, e aí a destruição emocional dessa criança é massiva, na
maioria das vezes fatal. Não podemos banalizar esse assunto, dizendo “é
normal”. Temos de fazer algo, quanto mais não seja ajudar pais e educadores a
estarem atentos, e a perceberem os sinais. E ensinar as nossas próprias
crianças que não o devem fazer com outras, explicar as mossas que isso pode
causar, e também educá-las no sentido de falarem connosco sobre tudo o que se
passa na vida delas. E esse sim, é um grande, se não o maior desafio enquanto
pais.
Perdes a
cabeça com…. Birras matinais, Mentira, maldade, intolerância.
Amas
quando…. Estou com a minha família, de
preferência num dia de sol, fora de casa!
Ser Mãe é… a maior aventura da minha vida, contudo, a
mais magnífica, com toda a certeza!
Obrigada Catarina!!
Gostei muito da entrevista e do conselho das quartas à noite!
ResponderEliminarAinda bem :)
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