13 de Maio e eu em Fátima?? Nã, é mentira.

O dia corre normal, levar o Little à ama, trabalhar, buscar o Litte e antes de ir para casa só tenho que passar em casa de uma amiga nos Pousos. E era assim o meu dia, não fosse eu andar a pensar em mil coisas ao mesmo tempo enquanto ando de um  lado para o outro, pensar em coisas normais de mulher e mãe.

E o que aconteceu para este dia não ser como planeado? ou melhor sem planos, apenas as tarefas do dia a dia? Pois, quando dou por mim estou à entrada da auto-estrada A1 e agora? Agora não posso fazer inversão de marcha e só tenho duas opções, ou vou dar a volta a Pombal, cerca de 40km para cada lado ou vou a Fátima que são 20km, também para cada lado. Ahhh só me apetece bater com a cabeça no volante e com muita força...e para piorar o carro acaba de dar sinal que está na reserva. Nem tinha pensado duas vezes em ir a Fátima, não fosse hoje 13 de Maio e estar uma grande confusão para aqueles lados, arrisco tudo e vou, mal é se não conseguir chegar à rotunda e voltar para traz, mas a vontade de bater com a cabeça não passa. 

Pelo caminho ligo à minha mãe, precisava de desabar esta parvoíce com alguém, ela só diz onde andas com a cabeça, mas já que vais a Fátima acende uma vela. O quê? Eu, Fátima e uma vela? Nãaaaaaa

Bom logo se vê...chego a Fátima e não se passa nada, estranho! Arrisco mais um bocadinho e vou até ao santuário, arranjo estacionamento ali bem pertinho e olha lá vou eu com o Little, digo-lhe que vamos ver um castelo e ele fica feliz e convencido. 

Os metros que andamos para chegar ao santuário são uma verdadeira peregrinação. Não há café que não tenha um carro da Hello Kitty ou lojas onde se misturam velas em forma de pés com carros e cães de brincar, o Little quer tudo e mais alguma coisa. Já só penso, o que estou aqui a fazer. 
Lá chegamos ao destino, fui comprar a vela que mãe pediu e acendi, saí de lá com um cheiro a borracha queimada que não se podia. 

O Little corre desalmadamente por ali e eu grito baixinho (havia missa a decorrer) não saís de ao pé da mãe. O Litte vê as pessoas a andarem de joelhos e pergunta o que é mãe? É é é é uma pessoa a andar de joelhos. Que resposta, mas como é que ia explicar isto a uma criança de dois anos? Resultado, Litte a andar de joelhos e calças todas sujas. 

Ah e uma situação muito caricata, andava uma senhora com uma criança com pouco mais de uma ano com uma daquelas fitas (só porque dizer trela fica mal) a prender nas costas, sabem? Nada contra, aliás no meio da confusão parece-me uma óptima solução. Mas o caricato é que poucos metros à frente vejo uma senhora com um cão caniche num marsupio. Assim derrepente alguma coisa estava trocada :)

Não estava confusão nenhuma, estava um final de dia óptimo e valeu a pena pelos cinco minutos que tivemos sentados nas escadas e ele me enchia de beijos e dizia ohhh mãe ohhh minha mãe.

Há dias que é preciso ter uma santa paciência e aproveitar o que a vida nos oferece.